Para que fizesse
sentido seria preciso mudar a fábula. Na vida real, a formiga fez suas
provisões à custa da exploração da situação vulnerável da cigarra. Mas mesmo admitindo
a irresponsabilidade da cigarra, foi a formiga que lhe emprestou a guitarra e
incentivou suas farras.É o que podemos deduzir
de um texto do Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Globalização Transnacional
e da Cultura do Capitalismo.
O artigo, cujo título é “França, Grécia e a ‘grande armadilha’”, lembra que para fazer parte da Zona do Euro, a Grécia precisou comprovar certas condições econômicas. Para isso, seus governantes contrataram a consultoria do Goldman Sachs. O banco maquiou números e viabilizou a adoção do euro pelo país, em 2002.
O artigo, cujo título é “França, Grécia e a ‘grande armadilha’”, lembra que para fazer parte da Zona do Euro, a Grécia precisou comprovar certas condições econômicas. Para isso, seus governantes contrataram a consultoria do Goldman Sachs. O banco maquiou números e viabilizou a adoção do euro pelo país, em 2002.
Veio a crise de 2008. O
inverno chegou e pegou a cigarra desabrigada. A Grécia pediu ajuda ao Banco
Central Europeu. A instituição é presidida atualmente por Mário Draghi. Por estranha coincidência, Draghi era
vice-presidente do Goldman Sachs em 2002. Moral da história:
...o mesmo Banco Central Europeu que
na semana passada deixou de oferecer liquidez financeira a alguns bancos
gregos, em meio a uma grande quantidade de saques da população, é presidido por
alguém que já teve alto cargo de direção no mesmo banco responsável pelos
problemas atuais da Grécia.
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