Em favor do governo
sírio, costuma-se citar seu apoio à causa palestina. Não é o que pensa o primeiro-ministro do movimento palestino Hamas, em Gaza, Ismail
Haniyeh. Em fevereiro, ele saudou a resistência armada a Bashar Al Assad: “Saúdo
o heróico povo da Síria que busca a liberdade, a democracia e a reforma”.
Mas Alex Callinicos, em
recente artigo, refere-se a alguns episódios significativos também ligados à questão palestina. Lembra, por exemplo, que
o pai do atual ditador:
...enviou o exército sírio ao Líbano
em março de 76 para impedir a aliança da esquerda libanesa ao movimento
palestino na guerra civil contra a direita cristã e mandou suas tropas
bombardearem os combatentes palestinos do Fatah em Trípoli, em dezembro de 83.
Callinicos também considera
abusivo chamar de anti-imperialista um regime que participou da coalizão contra
o Iraque durante a Guerra do Golfo, em 1991. E conclui:
Novamente a luta no Oriente Médio coloca
frente a frente as potências imperialistas (e seu cão de guarda de Israel) e as
classes dominantes locais. O caso da Síria é a mais recente manifestação dessa
dialética, e a forma que assumir pode destruir a revolução em curso na região.
Mas isso não é motivo para alterar a postura que tomamos desde a queda de Ben
Ali na Tunísia: ao lado das revoluções árabes e contra a intervenção ocidental.
Leia a íntegra do
artigo de Callinicos, clicando aqui
Leia também: Vexames da esquerda estatal
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