Doses maiores

4 de maio de 2012

O regime sírio não é progressista

Há forças de esquerda que insistem em tratar como amigos governos que são inimigos do imperialismo americano ou europeu. É o caso do regime sírio, que luta para se manter através de uma sangrenta repressão a seu povo

Em favor do governo sírio, costuma-se citar seu apoio à causa palestina. Não é o que pensa o primeiro-ministro do movimento palestino Hamas, em Gaza, Ismail Haniyeh. Em fevereiro, ele saudou a resistência armada a Bashar Al Assad: “Saúdo o heróico povo da Síria que busca a liberdade, a democracia e a reforma”.

Mas Alex Callinicos, em recente artigo, refere-se a alguns episódios significativos também ligados à questão palestina. Lembra, por exemplo, que o pai do atual ditador:

...enviou o exército sírio ao Líbano em março de 76 para impedir a aliança da esquerda libanesa ao movimento palestino na guerra civil contra a direita cristã e mandou suas tropas bombardearem os combatentes palestinos do Fatah em Trípoli, em dezembro de 83.

Callinicos também considera abusivo chamar de anti-imperialista um regime que participou da coalizão contra o Iraque durante a Guerra do Golfo, em 1991. E conclui:

Novamente a luta no Oriente Médio coloca frente a frente as potências imperialistas (e seu cão de guarda de Israel) e as classes dominantes locais. O caso da Síria é a mais recente manifestação dessa dialética, e a forma que assumir pode destruir a revolução em curso na região. Mas isso não é motivo para alterar a postura que tomamos desde a queda de Ben Ali na Tunísia: ao lado das revoluções árabes e contra a intervenção ocidental.

Leia a íntegra do artigo de Callinicos, clicando aqui 

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