Cerca de 50 mil pessoas devem comparecer. Entre elas, 135 chefes de Estado. Vladimir Putin, presidente da Rússia, o premiê chinês, Wen Jiabao, e o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh confirmaram presença. O recém eleito presidente da França, também.
Mas Obama ainda não deu
nenhum sinal de que pode vir. Ao contrário da chanceler alemã, Angela Merkel, e
do primeiro ministro David Cameron, da Inglaterra. Estes deixaram claro:
não virão.
Nada disso quer dizer
que a Rio+20 será necessariamente um fracasso. Principalmente se a pauta de
debates continuar a se direcionar para a chamada “economia verde”.
É como disse Pat
Mooney, diretor da ONG canadense ETC Group. Suas declarações estão em
reportagem de Raquel Júnia para o site da Fiocruz, publicada em março passado.
Depois de afirmar que o mercado já controla 23,8% das espécies biológicas
existentes, Mooney afirma:
O
que o capitalismo vem buscar aqui são os 76,2% que restam. Essa é a batalha do
Rio. Com a crise das hipotecas em 2007, nós já demos aos banqueiros 14 trilhões
de dólares. Agora, se aceitarmos essa nova proposta de financeirização da
natureza, o que estamos dizendo para aqueles mesmos bancos é que eles podem vir
e brincar em nosso jardim.
O capital não precisa
mandar seu time titular para ganhar esse jogo. E nem precisam ser representantes
apenas dos bancos. O governo brasileiro, por exemplo, prefere
entregar a natureza à ação destruidora das empreiteiras.
Tudo indica que do
ponto de vista ambiental, o fiasco é certo. Já quanto aos interesses do capital,
o sucesso é muito provável.
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