No último dia 8 de maio, motoristas
“parceiros e parceiras” que trabalham nas principais empresas de transporte de
passageiros por aplicativo como Uber, Cabify, 99 e Lyft realizaram uma grande
manifestação global por melhores condições de trabalho.
(...)
As manifestações aconteceram em
cidades dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Austrália, Nigéria, Quênia,
Chile, Brasil, Panamá, Costa Rica e Uruguai.
Os trechos acima são da
matéria “Uber: assim começam as greves do futuro”, de Felipe Moda e Marco Antonio G. de Oliveira, publicado
no Portal Outras Palavras, em 23/05/2019.
Já no blog Avenidas, Rafael Balago fala sobre “a
montanha de dados” que a Uber possui sobre as cidades. Segundo o texto, a plataforma
Movement, criada pela empresa, coleta e organiza dados sobre o trânsito em
algumas cidades onde opera.
“Essa avalanche de dados”,
diz Balago, ajuda as empresas “a ganhar mais dinheiro, pois facilitam a rotina
de planejar a distribuição dos carros ao longo do dia, traçar rotas mais
rápidas e desviar do trânsito antes de ele se formar”.
Mas seriam apenas “uma
ponta do iceberg” do total de informações que as empresas estão levantando
sobre o deslocamento de pessoas pelas cidades.
De um lado, a velha e teimosa
luta de classes. De outro, evidências de que a empresas como a Uber só interessa
escavar dados, utilizando seus motoristas como mineiros.
E como aqueles que formavam
enormes contingentes no início da Revolução Industrial, os atuais mineradores escravizados
por aplicativos também têm suas energias sugadas por jornadas estafantes.
Nas antigas minas
escuras e perigosas ou nas atuais ruas e avenidas, doença, morte e mutilação ameaçam
milhões de trabalhadores.
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