José Eustáquio Diniz
Alves é professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Em recente artigo, ele revelou dados impressionantes sobre
o crescimento da população e da economia nos últimos dois mil anos. Por exemplo:
Do
ano 1 da Era Cristã até o ano 2000, a população mundial passou de cerca de 225
milhões de habitantes para 6 bilhões e a renda per capita global passou de US$
467 para US 6.055.
Ou seja, no período, o
PIB global foi de US$ 106 bilhões a US$ 36,3 trilhões. A população aumentou 26,5
vezes, enquanto a economia cresceu 342,7 vezes. A renda per capital mundial, por
sua vez, aumentou 13 vezes.
Mas, ele alerta, esse
crescimento não foi uniforme ao longo dos dois milênios:
Entre
o início do século 19 e o final do século 20, a população mundial passou de 1
bilhão de habitantes para 6 bilhões, aumentando 6 vezes. Já a renda per capita
passou de US$ 667 para US $ 6.055 em 2000. Um aumento de 9,1 vezes em dois
séculos.
Durante o século 19, aconteceu
a Revolução Industrial, que, para muitos, inaugura o Antropoceno. Trata-se de
um período que teria proporcionado “um aumento significativo do padrão de vida”
da humanidade. Mas, diz o autor, “às custas do empobrecimento da natureza e do
holocausto biológico dos demais seres vivos do Planeta”.
Por isso, conclui Alves,
pessimista:
O
“meteoro” que está provocando uma grande extinção de espécies no Antropoceno e
gerando mudanças climáticas catastróficas se chama ser humano, que parece
buscar o mesmo destino dos dinossauros.
Agora, vá dizer isso aos “terraplanistas”!
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