Como internacionalista convicto e maior liderança da Revolução Russa, Lênin tornou-se a principal referência de revolucionários no mundo todo. Durante o 3º Congresso da Internacional Socialista, em 1921, ao discutir com camaradas italianos, alemães e outros, ele fez a seguinte observação:
Terracini diz que fomos vitoriosos na Rússia, embora nosso partido fosse muito pequeno. O camarada entendeu muito pouco a revolução russa. Na Rússia, éramos um partido pequeno, mas tínhamos conosco, a maioria dos Sovietes de Deputados Operários e Camponeses em todo o país. Fomos vitoriosos na Rússia não apenas porque a maioria indiscutível da classe trabalhadora estava do nosso lado (durante as eleições de 1917, tivemos uma votação esmagadora contra os mencheviques), mas também porque metade do exército, imediatamente após a tomada do poder, e 90% dos camponeses, no decorrer de algumas semanas, passaram para o nosso lado...
Já em seu panfleto “Comunismo de Esquerda”, Lênin enfatizou que ”a história como um todo, e a história das revoluções em particular, é sempre mais rica em conteúdo, mais variada, mais multiforme, mais viva e engenhosa do que imaginam até mesmo os melhores partidos”.
Ainda segundo Lênin, os “verdadeiros revolucionários” não devem perder de vista os objetivos que compartilham com os camaradas ao redor do mundo. Devem levar em conta “as características concretas que esta luta assume em cada país, em conformidade com o caráter específico de sua economia, política, cultura, composição nacional, divisões religiosas, e assim por diante”.
Ou seja, Lênin nunca defendeu o partido como organização cuja influência deveria se limitar aos revolucionários convictos nem fórmulas rígidas e válidas para todas as revoluções.
Leia também: Lênin e a dialética das revoluções
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