Doses maiores

14 de março de 2025

Estados Unidos: o Estado a serviço do fascismo

Está no Facebook o artigo “Hoje os servidores públicos norte americanos e depois nós: efeito Orloff”, de Ricardo Queiroz. Começa assim:

Trump e Musk não estão apenas desmantelando o Estado americano. Estão construindo um modelo. Um protótipo. Um experimento de laboratório que a direita internacional poderá replicar onde for conveniente. O que acontece hoje nos EUA não é uma exceção: é um ensaio. E a intenção é clara – transformar a destruição do serviço público em um espetáculo bem-sucedido, pronto para ser exportado.

O texto oferece um bom pretexto para combater o mito de que o fascismo defende a estatização generalizada da economia. O fato é que os regimes fascistas na Itália e na Alemanha privatizaram várias empresas estatais, logo que chegaram ao poder. Era preciso agradecer o apoio que receberam das burguesias italiana e alemã, entregando-lhes o patrimônio público.

Estatizações estão muito longe de ser a solução para as profundas contradições da sociedade capitalista. Mas a entrega do patrimônio público aos grandes predadores do mercado é muito pior.

Segundo Queiroz, abandonar o Estado “à sanha privatista de Trump e Musk é aceitar a falácia de que a destruição do público tornará tudo mais eficiente. Não tornará”, diz ele. Não é bem assim. A “destruição do público” pode trazer mais eficiência, sim. Mas a eficiência a serviço de um Estado voltado exclusivamente aos interesses das classes dominantes, ainda mais repressivo em relação à organização política dos explorados e oprimidos e apostando pesado em políticas socialmente genocidas e ecologicamente apocalípticas.

A situação é assustadora. O fascismo está voltando com tudo em pleno centro do capitalismo mundial.

Leia também: O tudo ou nada de Trump

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