Em 08/09/2024, o Globo publicou “Gargalos estruturais são barreiras para o avanço dos sistemas”, sobre o desenvolvimento da inteligência artificial (IA).
A matéria começa destacando a imensa quantidade de energia elétrica necessária para fazer funcionar os centros de dados que alimentam essa tecnologia. Segundo um relatório do banco Goldman Sachs, por exemplo, nos Estados Unidos, o uso de eletricidade para IA deve dobrar até 2030.
Outro problema refere-se aos assistentes virtuais, que ao utilizar os novos sistemas de IA, passaram a ser treinados com um percentual crescente de informações distorcidas e inverídicas.
Outra preocupação é “a velocidade com que a mão de obra absorverá novos processos produtivos gerados pela IA. Ou seja, como qualificar trabalhadores para lidarem com as interfaces criadas pela tecnologia”.
Por fim, há a questão dos altos custos de infraestrutura. O enorme investimento necessário restringirá muito o número de negócios que terão um retorno realmente lucrativo.
Ou seja, há um “combo” de problemas surgindo com essa novíssima tecnologia. Uma combinação cujas consequências negativas prometem superar em muito as positivas:
- Aumento dos impactos ambientais para atender a elevação da demanda por energia elétrica, além de apagões mais frequentes.
- Um caos ainda maior nas redes de comunicação, reforçando a disseminação de mentiras e falsidades.
- Elevação do desemprego, precarização trabalhista e rebaixamento salarial.
- Por fim, aumento da monopolização do mercado cibernético, com lugar apenar para jogadores grandes e ainda mais poderosos.
É isso que acontece quando uma força produtiva poderosa como a IA surge amarrada às relações destrutivas do capitalismo. Funciona para alguns poucos e causa prejuízos e destruição para muitos.
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Verdade, parece ter mais problemas que vantagens.
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