Aqui nos nossos portões banhados pelo mar e dourados pelo sol, se erguerá
Uma mulher poderosa, com uma tocha cuja chama
É o relâmpago aprisionado e seu nome
Mãe dos Exílios. Do farol de sua mão
Brilha um acolhedor abraço universal; os seus suaves olhos
Comandam o porto unido por pontes que enquadram cidades gêmeas.
"Mantenham antigas terras sua pompa histórica!", grita ela
Uma mulher poderosa, com uma tocha cuja chama
É o relâmpago aprisionado e seu nome
Mãe dos Exílios. Do farol de sua mão
Brilha um acolhedor abraço universal; os seus suaves olhos
Comandam o porto unido por pontes que enquadram cidades gêmeas.
"Mantenham antigas terras sua pompa histórica!", grita ela
Com lábios silenciosos: "Dai-me os seus fatigados, os seus pobres,
As suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade
O miserável refugo das suas costas apinhadas.
Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,
Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado”.
O miserável refugo das suas costas apinhadas.
Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,
Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado”.
Os versos são considerados uma declaração de acolhimento da nação estadunidense aos foragidos e exilados do mundo todo.
A estátua foi inaugurada apenas 20 anos depois do fim da escravidão nos Estados Unidos. Sem a força de trabalho de milhões de africanos escravizados, era necessário atrair os que não tinham outra opção além de serem explorados pelos capitalistas ianques. Após o jugo que submeteu pessoas cativas por séculos, surge o abraço “acolhedor” discriminatório e xenófobo que vitimou irlandeses, italianos, judeus e chineses e, mais recentemente, alcançou latinos e muçulmanos. Isso para não falar dos territórios indígenas ocupados a ferro e fogo.
Trump pode ser acusado de tudo, menos de não ser coerente com a tradição racista e genocida que tornou grande a América supremacista branca.
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