Boa parte
desses números foi divulgada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do
Governo Federal. Seria uma demonstração do sucesso das políticas sociais dos governos
petistas. E também mostrariam a inutilidade da luta anticapitalista.
Afinal, tudo
isso teria sido conquistado graças a muita negociação. Nada de greves, lutas,
ocupações de terra. Bastou apostar no diálogo entre empresários,
sindicalistas, governantes, parlamentares etc. É o capitalismo dando certo no Brasil.
Mas, talvez, as
coisas não sejam tão simples. Mais uma vez, os dados divulgados dizem respeito
à distribuição de renda. Mas se considerarmos a minoria de 16 milhões que pagam
imposto de renda no Brasil, a situação é outra. Neste caso, estamos falando de concentração
de riqueza.
Números da
Receita de 2011 mostram que mais de 97% dos que declaram imposto de renda possuem
apenas 49% do patrimônio. Mas 0,1%, ou cerca de 18 mil pessoas, concentram 26%
do patrimônio do conjunto das pessoas físicas.
Na verdade, momentos
em que houve uma melhora na distribuição de renda já aconteceram antes na
história do País. Jamais se consolidaram porque a concentração de patrimônio
continuou basicamente a mesma. Não está sendo diferente agora.
Realmente, lulismo
e capitalismo se entendem cada vez melhor. E isso não é nada bom para a
maioria explorada.
Segundo Focaut na sua microfísica a ideia de poder não deveria ser restringida ao Estado. Daí é preciso pensar na condescendência do povo para o governo que lhe elege. Tenho andado por grotões carentes nesse Brasil e visto que a maioria da população que julgamos manipulada pelo poder constituído se beneficia e muito do fisiologismo do Estado.
ResponderExcluirÉ quase utopia a luta contra o bem-estar. Na medida do possível podemos lutar contra a desigualdade e não por igualdade. Acho que o Brasil não está em desenvolvimento. Se estiver é em um plano histórico limitado, não inserido em um contesto universal. Enquanto nosso economia cresce,, para se tornar a 5 maior do mundo, nossas desigualdades se abismam ainda mais. O Brasil investe no consumismo para aquecer sua economia e tirar gente da pobreza. Países europeus estão investindo ativos em felicidade, por exemplo.
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