Os primeiros colonizadores brancos da América do Norte não conseguiram forçar os índios a trabalhar para eles. Os nativos estavam em maior número e conheciam bem aquela terra desconhecida dos europeus. Mesmo com armas superiores, os invasores não se arriscavam a iniciar um massacre.
A situação causava irritação. Edmund Morgan descreve esse estado de ânimo em seu livro “Escravidão Americana, Liberdade Americana”:
Se você fosse um colono, consideraria sua tecnologia superior à dos índios. Teria a certeza de que você é o civilizado e eles, os selvagens ... Ainda assim, sua tecnologia superior se revelou incapaz de obter grande coisa. Já os índios, mantinham-se bem, rindo de seus métodos superiores, vivendo da terra com abundância e trabalhando menos que você... E quando o seu próprio povo começou a desertar para viver com eles, aí foi demais ... Você resolveu matar os índios, torturá-los, queimou suas aldeias, queimou suas plantações. Isto provou sua superioridade, apesar de tudo. E você fez o mesmo com qualquer um de seu próprio povo que se rendesse ao modo de vida dos selvagens. Mesmo assim, você continuou sem conseguir cultivar alimento suficiente...
A escravidão negra foi a resposta para este dilema dos invasores europeus. Esta era a alternativa civilizada diante da superioridade selvagem no trato com a natureza. Afinal, 50 anos antes de Colombo chegar por aqui, os portugueses já haviam levado dez escravos africanos para Lisboa. Era o começo de um negócio muito lucrativo. O início do capitalismo. Sua certidão de nascimento suja do sangue indígena e negro. Mancha que nunca cessou de aumentar.
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O que é dito nesta pílula, a respeito das tentativas escravistas nas treze colônias da América, se aplica, intensivamente, a apenas duas ou, no máximo, três colônias do sul, das treze originais. Nessas, a lógica da "plantation" foi a opção para produzir, devido ao perfil social e religioso dos colonizadores(por exemplo, em algumas colônias do sul a proporção de protestantes não-puritanos e até de católicos era maior que no norte. além do fato de que, no sul, a proporção de famílias completas entre os colonizadores era menor, havendo um número maior de homens sós, em busca do enriquecimento, fenômeno semelhante à colonização da América portuguesa e espanhola), devido a fatores climáticos da região, que favoreciam produtos de produção em larga escala para exportação, e outros fatores. Nessas condições, a demanda por mão de obra escrava era maior.
ResponderExcluirJá nas outras colônias, mais para o norte, a prevalência da agricultura familiar de subsistência e as características dos produtos mais adequados à produção em terras de clima temperado, fez com que o escravismo tivesse importância menor na economia dessas colônias. Consequentemente, a presença escrava africana era predominante, além do sangue derramado por esta
Não podemos descartar a existência de exceções minoritárias nas características do sul de norte.
O derramamento de sangue pelos colonos do norte foi predominante na expansão sobre terras indígenas, em direção ao oeste.
O cinema americano ajudou a criar a ideologia justificante ao, no século XX, colocar o índio como o fascínora selvagem contra os heróis colonos.
Mauro.
Correção: A presença africana era predominante NO SUL.
ResponderExcluirObrigado pela contribuição, Mauro.
ResponderExcluirAbraço