Em outubro de 1969, reunido com representantes da indústria armamentista, o General William Westmoreland revelou a existência de um projeto secreto do Pentágono: no campo de batalha do futuro, as forças inimigas seriam localizadas, rastreadas e alvejadas quase instantaneamente através da utilização de links de dados, avaliação de inteligência assistida por computador e controle automatizado de tiros.
Foi mais um elemento a contribuir para acirrar os ânimos na mobilização contra a Guerra do Vietnã nos Estados Unidos. Um movimento presente no próprio exército estadunidense, com os soldados organizando protestos, recusando-se a lutar e sabotando equipamentos, claro.
Outro estopim foi a repressão da Guarda Nacional contra manifestantes pacifistas no estado de Kent, em 4 de maio de 1970. Quatro mortes e dezenas de feridos geraram grandes revoltas em várias universidades estadunidenses. E os computadores tornaram-se um alvo frequente.
Em 7 de maio daquele ano, estudantes ocuparam por algumas horas o centro de informática da Universidade de Syracuse. Logo depois, após uma semana de protestos, ativistas tomaram conta de um laboratório de informática na Universidade de Wisconsin, destruindo o computador central.
Na Universidade de Nova Iorque, cerca de 150 manifestantes invadiram e ocuparam o laboratório de informática. Eles abandonaram a ocupação dois dias depois, deixando napalm no computador central conectado a um fusível de queima lenta. Dois professores conseguiram desativar o fusível antes que os explosivos detonassem. Mas na Universidade de Stanford, o centro de computação foi incendiado.
Os relatos acima estão no livro “Breaking Things at Work”, de Gavin Mueller. Mostram as formas iniciais do ludismo digital como resistência à exploração e dominação capitalista.
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Mas o tal general era um visionário ou fez isso só para apavorar e acabou dando errado?
ResponderExcluirAcho que era um visionário, mas falou demais também
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