Doses maiores

1 de dezembro de 2023

Kissinger: que o inferno lhe seja pesado

“Henry Kissinger, criminoso de guerra amado pela classe dominante dos Estados Unidos, finalmente morre”. Esta é a manchete da revista Rolling Stone dedicada àquele que a publicação considera um dos “piores assassinos em massa da história”.

Já a matéria de Nick Turse para “The Intecept”  traz o seguinte obituário: 

Kissinger ajudou a prolongar a Guerra do Vietnã e a expandir o conflito para o Camboja; contribuiu para genocídios cometidos no Timor Leste, Camboja e Bangladesh; estimulou guerras civis no sul da África; e apoiou golpes de estado e esquadrões da morte em toda a América Latina. Ele tinha o sangue de pelo menos 3 milhões de pessoas em suas mãos.

Mas detalhemos alguns desses episódios:

Em 1969, os Estados Unidos lançaram mais de 540 mil toneladas de bombas no Camboja em uma operação articulada por Kissinger e Nixon. A guerra que se seguiu matou de 275 mil a 310 mil pessoas.

Em 1970, essa mesma dupla apoiou ação do governo militar do Paquistão Ocidental contra Bangladesh, que deixou entre 300 mil e 500 mil mortos.

Em 1973, Kissinger apoiou o golpe de Pinochet, que matou cerca de 3 mil e forçou ao exílio, 200 mil.

Em 1975, como secretário de Gerald Ford, deu luz verde para que o ditador indonésio Suharto invadisse o Timor-Leste, provocando uma guerra que deixou 200 mil mortos.

Em 1976, apoiou o golpe militar na Argentina, que levou à morte ou desaparecimento de 30 mil pessoas.

Ou seja, os povos do mundo só têm a comemorar e esperam que Kissinger desfrute de uma eternidade das mais
cruéis no inferno.

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