Em 2018, o escritor de ficção científica China Miéville publicou “Um conto de Natal”. A ação acontece em um futuro não muito distante, no qual o direito de festejar o Natal foi privatizado. Após a aprovação de um Ato de Natal pelo parlamento, qualquer pessoa que queira comemorar a data precisa pagar caro, sob pena de prisão.
Mas a resistência popular não respeita festas privadas. Manifestações pelo direito de comemorar o Natal explodem na Londres fictícia que serve de cenário para o conto. Entra em cena, por exemplo, “um bando agressivo, com pinta de zangado, quebrando para-brisas dos carros pelo caminho”. Vestidos de Papai Noel, eles são os Red & White blocs, versão natalina dos Black Blocs. Também marca presença o Partido Cantor Radical dos Homens Gays, “orgulhosos de lutar pelo Natal do Povo!”
E como na luta dos explorados e oprimidos a esperança é a penúltima que morre, uma das canções que os manifestantes entoam é uma adaptação de um antigo sucesso brasileiro, composto por Assis Valente: "Já faz tempo que eu pedi / Mas o meu Papai Noel não vem/ Com certeza já morreu/ E a Internacional / É tudo que a gente tem."
Saudações comunistas e internacionalistas. Até 2025!
Leia também: Papai Noel não é de esquerda, mas existe!
Hahaha ou hohoho
ResponderExcluirRsss. Ou he, he, he...Beijos
ResponderExcluirAh valeu, boa despedida.
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