Doses maiores

19 de fevereiro de 2013

Querem tirar lucro até do asteroide do apocalipse

Em 15/02, um asteroide chegou muito perto do nosso planeta. Nada de grave aconteceu, mas o clipping do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de São Paulo fez um bom levantamento sobre o tema na imprensa. O apanhado revela algo dos tempos atuais.

Pouco antes da passagem do asteroide, o “Jornal Ciência”, do site R7, anunciou “Asteroide que passará ‘raspando’ pela Terra tem valor estimado em quase R$ 400 bilhões!”. A empresa Deep Space Industries fez o cálculo levando em consideração a possibilidade de o corpo celeste ser composto por água, ferro, níquel e outros metais de "fácil extração".

O clipping do sindicato aproveitou o evento para lembrar uma notícia de setembro de 2011. Ela dizia que a China pretende colocar um asteroide em órbita da Terra. O objetivo seria usá-lo “como fonte de matéria-prima, minerando seus recursos e enviando-os para a Terra”, diz notícia do site Popsci. Outra notícia destacada é de abril de 2012. Ela dizia que a Google e o cineasta James Cameron pretendem explorar mineral de asteroides em órbita próxima à da Terra.

Os cientistas afirmam que trinta anos atrás, não seríamos capazes de prever a aproximação dessas rochas celestes. Agora, os novos telescópios e outros instrumentos podem nos avisar com alguma antecedência. A pergunta é: usaremos esses avanços tecnológicos para prevenir catástrofes ou a prioridade será encontrar novas fontes de lucros para uns poucos?

Pelo que se viu acima, já sabemos qual é a resposta. Vivemos em uma época que só valoriza aquilo que possa produzir um saldo positivo. Mesmo que seja algo muito próximo do apocalipse.

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