
As palavras acima são de Charles Deber e Yale Magrass, autores do livro “Como o Establishment norte-americano cria uma sociedade de Bullying”, ainda sem edição em português. Eles deram uma entrevista publicada pelo portal “Outras Palavras” em 03/12.
Para os autores, bullying não é exceção:
Quando as crianças ou os adultos fazem bullying, eles estão reagindo às normas ou incentivos de suas empresas e de sua sociedade militarizada. Eles não estão “doentes” ou perturbados nem são “antissociais”; na verdade, estão bem adaptados ao sistema e não precisam de terapia para se ajustar ainda mais.
Deber e Magrass também citam Marx. Segundo eles, o revolucionário alemão “construiu toda sua teoria da exploração capitalista como uma relação de bullying entre a classe capitalista e a classe trabalhadora”. Trata-se do “bullying do capital”, afirmam. Conceito inspirado em “O Capital”.
Difícil discordar da tese. A não ser quando eles dizem que a “melhor maneira de reduzir o bullying é mudar nossa sociedade”, nos “encaminhando a um sistema menos capitalista”.
Menos bullying, é importante. Mas menos capitalismo, não basta. Se não o eliminarmos, ele nos elimina. E na base de muito abuso e porrada.
Isso mesmo...
ResponderExcluirValeu!
Excluir