Artigo publicado no jornal Valor em 24/01 coloca essa certeza toda em dúvida. Trata-se de “O risco externo dos bancos brasileiros”, do consultor de empresas Sílvio Figer. Entre outras coisas, o texto diz que:
...em setembro de 2008, por ocasião da quebra do Lehman Brothers, a dívida externa dos bancos brasileiros era de US$ 89 bilhões, que, em um movimento coerente com a situação de retração do mercado de crédito, foi se reduzindo até atingir US$ 63,6 bilhões em dezembro de 2009.Mas, continua ele, a partir daí, “a tendência se inverte, com o valor atingindo US$ 103,1 bilhões em dezembro de 2010”.
Em setembro de 2011, o endividamento externo dos bancos já atingia US$ 139,7 bilhões. “Um acréscimo de 120% em um ano e nove meses!”, diz o consultor. E conclui:
O total do patrimônio líquido, do total do Sistema Financeiro Nacional (SFN), monta a R$ 458,3 bilhões (setembro de 2011). Convertendo-se a dívida externa dos bancos à taxa média de R$ 1,80, temos o valor de R$ 251 bilhões, o que representa 55% do total do patrimônio líquido do total do SFN. O mínimo que se pode dizer é que o risco está presente, apesar dos swaps cambiais. Ou, dito de outra forma: o endividamento externo dos bancos brasileiros compromete 40% das nossas reservas internacionais, de US$ 350 bilhões.A ver se estava certo o Proer dos tucanos, hoje justificado pelo governo petista, ou se as leis econômicas do capitalismo funcionarão como de costume, beneficiando somente os muito ricos.
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