Doses maiores

27 de agosto de 2014

Bolsonaro, Constantino, Malafaia e outros neandertais

Que os neandertais compartilham 99% de seu DNA com os humanos modernos já se sabe há algum tempo. Mas estudos recentes também descobriram que eles podem ter convivido com nossa espécie por uns 5 mil anos.

Para chegar a conclusões como estas são utilizadas complexas medições químicas envolvendo carbono radioativo. No entanto, basta observar algumas personalidades famosas para concluir que os neandertais ainda estão entre nós.

Estamos falando de certos indivíduos de nossa espécie que parecem possuir inteligência e sensibilidade pré-históricas. Alguns exemplos óbvios são os jornalistas Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Raquel Sherazade e Rodrigo Constantino. Todos “nanders” legítimos.

Constantino, por exemplo, chegou a afirmar que Miriam Leitão está certa ao exigir um pedido de desculpas do Exército por ter sido torturada, grávida, em suas dependências. Mas que ela também deveria se desculpar por ter sido comunista.

Outro a apresentar comportamento primitivo é o cantor Lobão, raro caso de involução natural. O primeiro sintoma de sua decadência sem a menor elegância foi um deboche em relação a vítimas de tortura pela ditadura militar. Reclamavam só por terem tido algumas unhas arrancadas, grunhiu ele.

Há muitos mais, infelizmente. Estão na política, como Jair Bolsonaro. Em igrejas, como Silas Malafaia e Luiz Gonzaga Bergonzini. Ou em ambas, caso do Pastor Marco Feliciano. Circulam por aqui e no exterior também. Jean Le Pen e sua filha, na França. Os fascistas do Aurora Dourada, na Grécia. O Tea Party, nos Estados Unidos.

Mas sejamos honestos. Os neandertais, aqui, servem apenas como metáfora. Os exemplos citados acima são de inteira responsabilidade de nossa espécie. E, lamentavelmente, parecem distantes da extinção.

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