Doses maiores

4 de agosto de 2014

Israel semeou o Hamas

Tawfik Gebreel, Bushra Shanan
e Belal Khaled
Após a 2ª Guerra, potências imperialistas impuseram a criação e o fortalecimento do Estado de Israel no Oriente Médio. Desse modo, criaram conflitos na região para melhor dominar seus territórios ricos em petróleo.

Essa mesma tática Israel também acabou usando em relação aos palestinos. É mais ou menos o que a afirmou Guila Flint, em entrevista ao programa Espaço Público, exibida na TV Brasil em 22/07. 

A jornalista brasileira mora em Israel há 20 anos. Ela afirmou ser público e notório que o Estado de Israel incentivou o surgimento e o fortalecimento do Hamas em terras palestinas nos anos 1980.

O objetivo era enfraquecer o "Movimento de Libertação Nacional da Palestina", o Fatah. Até então, essa frente de organizações liderava sozinha a resistência contra a ocupação israelense das terras palestinas.

Mais tarde, em 2005, o governo direitista de Ariel Sharon retirou as tropas israelenses da Faixa de Gaza sem avisar o Fatah. Como resultado, criou-se um “vácuo político” naquele território, que foi ocupado pelo Hamas.

Foi assim, diz Guila, que uma “organização laica e democrática” perdeu espaço para um movimento religioso e extremista. O consequente aumento das ações violentas ajudava a justificar a necessidade de eliminar o povo palestino na região.

Mas assim como os Estados Unidos criaram as tropas de Bin Laden para vê-las se voltarem contra si, o Estado de Israel pode colher uma terrível tempestade dos ventos que semeou.

Hoje, os sionistas fazem chover fogo em Gaza. Mas como aconteceu muitas vezes na História, Israel pode ganhar a guerra e perder a paz.

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