Domingo, dia 19, será realizada a “3ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa”. São esperadas mais de 100 mil pessoas das mais variadas crenças religiosas. O ponto de encontro é no Posto Seis, em Copacabana, às 11h.
É o tipo de atividade a que grande parte da esquerda dá pouca importância. No entanto, até um revolucionário radicalmente ateu como Lênin defendia a liberdade religiosa.
Em 1905, por exemplo, Lênin foi contra a inclusão do ateísmo no programa do Partido Bolchevique. A religião deveria ser considerada um assunto privado de cada um. Era preciso combater a religião apenas enquanto linha auxiliar das “forças tenebrosas do capitalismo". Lênin também propôs a publicação de um jornal destinado aos cristãos. Era o Rassvet (A Aurora), que teve nove edições publicadas em 1904.
Na verdade, algumas igrejas cristãs ampliaram sua influência sob o governo bolchevique. O número de fiéis batistas, pentecostais e adventistas passou de 100 mil para mais de um milhão na primeira década da revolução. Muitos deles combatiam abertamente o governo revolucionário aproveitando-se das garantias da constituição soviética sobre a liberdade religiosa.
A liberdade religiosa foi um aspecto importante de libertação nacional dos povos das ex-colônias da Rússia. Os bolcheviques colocaram em prática uma política de reparação dos crimes do czarismo contra as minorias nacionais e suas religiões.
Estes e outros aspectos libertários da Revolução Russa são devidamente escondidos pela direita. Querem que prevaleça a grosseira política anti-religiosa de Stálin. Declaradamente atéia, mas tão profundamente conservadora, moralista e repressora como as inquisições medievais.
Em breve, novas doses sobre o tema. Para quem lê inglês, muito mais informações em The Bolsheviks and Islam
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