Doses maiores

17 de janeiro de 2017

Ainda atualizando números sobre riqueza concentrada

Se no mundo são oito os bilionários com patrimônio equivalente ao da metade mais pobre da população mundial, no Brasil meia-dúzia possui riqueza equivalente às sacrificadas economias de metade dos brasileiros. É mais um dado do relatório recém-divulgado pela Oxfam.

A ONG britânica se baseou em informações sobre bilionários da revista "Forbes" e sobre riqueza no mundo do banco Credit Suisse.

As seis pessoas mais ricas do Brasil são:

- Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, todos sócios da Ambev (Skol, Brahma e Antarctica) e de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz;
 - Joseph Safra, dono do banco Safra;
- Eduardo Saverin, cofundador do Facebook;
- João Roberto Marinho, herdeiro do grupo Globo.

Detalhe: Na sexta posição, João Roberto Marinho aparece empatado com seus dois irmãos, José Roberto e Roberto Irineu, cada um com R$ 13,92 bilhões. Se fosse considerado o patrimônio dos três juntos, a desigualdade seria ainda maior, garante a Oxfam.

Para arrematar, uma informação vinda de outra fonte. Os dados estão em relatórios do Banco Central e constam da reportagem “Quatro bancos concentram 72,4% dos ativos das instituições financeiras”, de Murilo Rodrigues Alves e Fernando Nakagawa, publicada no Estadão, em 16/01.

Os quatro tubarões são Banco do Brasil, Itaú, Caixa Econômica Federal e Bradesco. Será que é por isso que temos os serviços bancários mais caros e as taxas de juros mais altas do mundo? Provavelmente.

Por sorte, o Banco Central está de olho nessa bagunça aí. Segundo a reportagem, “a instituição reconhece que há ‘algum nível’ de concentração no sistema bancário brasileiro”. Ah, bom!

Leia também: Atualizando números da concentração de riqueza

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