Em 04/05, representantes da UNE e da UBES foram a Brasília. O objetivo era entregar propostas de emendas ao Plano Nacional de Educação, que está em votação na Câmara. Defendem mais verbas para o setor.
No entanto, diz a imprensa, o movimento foi prejudicado pelo esquema de segurança montado para a votação sobre o Código Florestal. Somente alguns estudantes conseguiram entrar no prédio para pressionar os deputados.
O que há de errado no parágrafo acima? Tudo. Entidades estudantis foram ao parlamento lutar por suas exigências. Mas, sua ação foi “atrapalhada” por que outra luta estava em curso. Esta última, liderada por ambientalistas, claro.
Pergunta: por que estudantes e ambientalistas estavam separados quando poderiam se unir? Afinal, as entidades estudantis firmaram posição contra mudanças do Código Florestal. E os ambientalistas não são contra o aumento das verbas para a educação.
Por outro lado, o plenário da Câmara estava cheio. Todos os deputados estavam lá para discutir mudanças nas leis ambientais. Algo muito importante, sem dúvida.
Importante demais para deixá-la nas mãos de parlamentares. A grande maioria deles foi negociar caro seu apoio aos ruralistas. Até a bancada petista diz que está dividida. Dividida? Entre ruralistas e ambientalistas?
O fato é que divididos mesmo estão os movimentos sociais. Cada um segue a agenda que lhes é imposta de cima para baixo. Mal conseguem realizar manifestações unificadas. Quando conseguem, só aparecem as direções, funcionários e alguns militantes dedicados.
Enquanto isso, nossas ações são direcionadas para os saguões e gabinetes institucionais. Saem os militantes, entram os lobistas. E nesse terreno mofado, perdemos feio para os inimigos.
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