Doses maiores

13 de março de 2012

Fanatismos científicos

Para quem acredita que a ciência tem sempre a última palavra:

Em 1954, Vladimir Demikhov chocou o mundo ao apresentar o resultado de seu experimento: um cachorro com duas cabeças, criado cirurgicamente. Mas a monstruosidade não para por aí. O cientista não implantou apenas a cabeça, mas toda a região dianteira de um filhote no pescoço de um pastor alemão já adulto. Os jornalistas quase não conseguiam acreditar no que estavam vendo, principalmente quando as duas cabeças começaram a beber leite simultaneamente.

A União Soviética bradava o feito de Demikhov como prova da superioridade de seus médicos e, durante 15 anos, o russo criou 20 cães de duas cabeças, sendo que nenhum viveu durante muito tempo. O recorde de vida foi de um mês, já que havia uma rejeição muito grande do tecido enxertado.

Como era de se esperar, o feito de Vladimir Demikhov acabou irritando outra superpotência da época, os Estados Unidos. Por isso, na tentativa de mostrar que os seus cirurgiões eram melhores, o governo americano financiou Robert White em uma série de cirurgias experimentais que resultaram no primeiro transplante de cabeça de macaco do mundo, em 14 de março de 1970.

Quando o macaco acordou no novo corpo, ele começou a seguir o cirurgião com os olhos e a demonstrar raiva, deixando claro que não gostou do que tinha acontecido. Infelizmente, a cobaia sobreviveu por apenas um dia e meio, vindo a falecer devido a complicações cirúrgicas.
Os trechos acima estão em “Os 6 experimentos científicos mais assustadores da história”. Nos últimos tempos, a ciência voltou-se principalmente para pesquisas com fins lucrativos. Em nome disso, há grande chance de cometer erros grosseiros. Com o agravante de que pode atingir grande parte da população. É o que se pode temer, por exemplo, em relação à transgenia de alimentos.

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