Interessante o artigo “Uma história social da mudança climática”, de Gerardo Honty, recentemente publicado pelo portal
Rebelión.
O texto começa dizendo que
nos “últimos 400.000 anos, houve quatro períodos glaciais, separados por
períodos de 10.000 anos interglaciais”.
Um desses períodos é o Holoceno,
no qual vivíamos há até pouco tempo. Nele, “as matas cresceram, a vida
prosperou e os homens e mulheres tiveram alimento e um clima acolhedor para se
expandir”.
Mas essa bonança também sofreu
interrupções. Por exemplo:
Há
uns 8.000 anos, o derretimento das geleiras que estavam no lago – que
postumamente batizamos de Lago Agassiz – provocou seu derramamento completo nos
oceanos, provocando o Dilúvio Universal. O relato de Noé, na Bíblia, de Nuh, no
Alcorão, a Epopeia do rei Gilgamesh, de Uruk, a barca de Svayambhuva Manu, na
Índia, o mito de Gun Yu, na China, o Mba’e-Megua Guasu guarani e muitas outras
tradições no mundo narram a história do ano em que o mar subiu um metro.
Além desta, muitas
outras mudanças climáticas são descritas pelo artigo. A diferença é que as atuais,
diz Honty, se originam da atividade humana. Antes, a humanidade apenas sofria com
as alterações no clima, mas não tinha influência sobre elas. Chegamos ao
Antropoceno.
Outra diferença seria o elevado
grau de consciência que teríamos desenvolvido sobre nossa responsabilidade quanto
aos desequilíbrios climáticos.
O problema é que alguns líderes
mundiais e setores empresariais importantes negam essa responsabilidade. Duvidam
do aquecimento global e suas consequências cada vez mais trágicas.
Preparam um novo dilúvio
universal. E, caso ele ocorra, voltaria a ser encarado como um castigo divino. Bem
merecido, aliás.
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também:
Será que vamos ter que esperar períodos interglaciais ou glaciais para ver mudanças sociais profundas?
ResponderExcluirDo jeito que vai, parece que sim. A revolução tá, tipo, na geladeira. Infelizmente...
ExcluirAbraço
É... enquanto o grande mercado está pleno no Antropoceno, a revolução se estacionou (ou se perdeu?) no glacial....
ResponderExcluirGrande abraço!
São muitas ameaças, que reúnem desde o fogo da liberação do gás metano, a previsão de uma inundação global, o começo de uma era do gelo. Estaremos fritos, inundados e numa fria. O cenário é apocalíptico, porém antes do ano 2000, quando os evangélicos anunciavam o apocalipse ninguém acreditava. Nos dias de hoje, são os ambientalistas que preveem a catástrofe e o povo continua dormindo.
ResponderExcluirInfelizmente, Vânia
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