Doses maiores

8 de maio de 2012

Marx, sobre xenofobia e racismo

“Nove países europeus já têm partidos de extrema direita em suas coalizões de governo central ou como peças fundamentais nos Parlamentos”. É isto o que diz notícia publicada pela Agência Estado, em 29/04. Muito desse crescimento deve-se a sua defesa do ódio racial e aos estrangeiros. Mas xenofobia e racismo são antigas maldições. Tal como se apresentam hoje, têm, pelo menos, a mesma idade do capitalismo.

Vejamos o que disse Marx sobre essas pragas. Começando pela xenofobia:

Cada centro industrial e comercial na Inglaterra possui uma classe trabalhadora dividida em dois campos hostis, proletários ingleses e proletários irlandeses. O trabalhador inglês comum odeia o trabalhador irlandês como um competidor que rebaixa seu padrão de vida. Em relação ao trabalhador irlandês ele se sente um membro da nação dominante e, assim torna-se num instrumento dos aristocratas e capitalistas de seu país contra a Irlanda, fortalecendo a sua dominação sobre ele próprio. Ele aprecia os preconceitos sociais, religiosos e nacionais contra os trabalhadores irlandeses. A sua atitude é muito parecida com a dos brancos pobres em relação aos negros nos antigos estados escravistas dos Estados Unidos. O irlandês lhe paga com juros na mesma moeda. Ele vê no trabalhador inglês ao mesmo tempo o cúmplice e o instrumento estúpido do domínio inglês na Irlanda. (Carta a Meyer e Vogt, agosto de 1870)

Agora, sobre o racismo:

Nos Estados Unidos da América todo o movimento operário autônomo ficou paralisado enquanto a escravatura desfigurou uma parte da república. O trabalho de pele branca não se pode emancipar onde o de pele negra é estigmatizado. (O Capital, volume I, capítulo 8 - 1867)

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