Doses maiores

31 de maio de 2012

Por que Dilma desligaria a motosserra?

O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) é o relator da Medida Provisória sobre o novo Código Florestal editada pela presidenta Dilma. Quando foi governador de Santa Catarina, o parlamentar fez aprovar um código ambiental em seu estado que facilitava a destruição ambiental. Ele considera a MP boa. Deve saber do que está falando.

O Instituto Socioambiental, por sua vez, aplaude a criação das novas APPs. Antes havia apenas as Áreas de Preservação Permanente. Agora, diz a ONG, teremos também as Áreas de Plantação Permanente. A ironia refere-se a permissão para que possam ser usadas espécies exóticas para recuperar áreas de preservação permanentes. Ou seja, os eucaliptos, por exemplo, podem tomar conta de vez de nosso meio-ambiente.

Já o Geenpeace sentencia:

Dilma caminha para ser a pior presidente das últimas décadas para o meio ambiente. Após 18 meses no cargo, ela não criou uma única unidade de conservação. Mas diminuiu o tamanho de várias, sobretudo na Amazônia, para plantar nelas grandes hidrelétricas e projetos de mineração. Dilma tirou poderes do Ibama, órgão que fiscaliza crimes ambientais, e ainda permite o ataque da mesma bancada ruralista que retalhou o código às terras indígenas.

Diante disso tudo, será que a campanha pelo veto de Dilma não teria alimentado uma expectativa que ela nunca fez por merecer? Há quem diga que, pelo menos, serviu para desmascarar o governo petista. Mas havia alguma máscara a ser arrancada? É só olhar para as obras em andamento no Brasil todo. Muitas podem nem sair do papel, mas já provocam enormes estragos ambientais e sociais.

Com tanta desinformação sobre a questão ambiental, o único resultado concreto do “Veta Dilma” pode ter sido mais publicidade para a presidenta.

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