Doses maiores

15 de março de 2013

O papa do pau oco

Santo do pau oco é uma expressão popular para descrever alguém que finge uma inocência que está longe de ter. Vem das regiões mineiras do Brasil Colônia, quando imagens sacras escondiam ouro em seu interior para fugir à taxação das autoridades portuguesas.

O novo papa adotou o nome de um santo muito querido por sua simplicidade e desapego às coisas materiais. Francisco era amigo dos animais e dos pobres. Suas sandálias sempre simbolizaram a modéstia dos justos.

Jorge Mário Bergoglio nada tem de justo. A não ser que seja justa a cumplicidade com a ditadura militar argentina. Ou a perseguição aos homossexuais e a criminalização do direito ao aborto. E o cargo nunca foi modesto. O ouro o cerca por todos os lados no Vaticano.

O estado papal é menor que o bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Tem 900 moradores e movimenta algo em torno de 12 bilhões de dólares por ano. Mas estes são números oficiais. No oco desses santos caras de pau há muito mais.

O banco do Vaticano tornou-se uma lavanderia de dinheiro. Superfaturamentos são constantes e chegaram até o presépio da Praça de São Pedro. Só não deveria espantar o fato de que um mafioso foi enterrado ao lado de antigos papas em troca de R$ 1,245 milhão. Afinal, exerciam atividades bastante afins.

Todo esse poder muito material protege práticas que envergonhariam Francisco. Da repugnante pedofilia às bênçãos derramadas sobre ditaduras. O Vaticano é um estado de exceção a serviço dos regimes de exceção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário