Doses maiores

22 de outubro de 2014

A Big Family de Alckmin e Dilma

Em 10/10, a Agência Pública divulgou matéria sobre as propostas de Dilma Roussef para a segurança pública. Entre elas, merecem destaque os Centros Integrados de Comando e Controle (CICC).

Os CICC funcionaram durante a Copa do Mundo e são equipados com aparelhos de processamento de dados, voz e imagens captadas por câmeras próprias ou integradas aos sistemas policiais. Seus equipamentos conseguem identificar pessoas, seu deslocamento, cores das roupas e traços faciais. O sistema consegue armazenar e pesquisar milhões de eventos em segundos.

A reportagem também cita a atuação dos CICCs como decisiva para a prisão ilegal de 23 ativistas no Rio de Janeiro na véspera da final da Copa. Uma das principais peças de acusação foi resultado da atuação de um policial da Força Nacional de Segurança, subordinada ao Ministério da Justiça. Ele infiltrou-se entre os manifestantes, compareceu aos protestos e transmitiu ao CICC imagens e sons por meio de celular. Tudo em tempo real.

A candidata das “forças progressistas” garante: “Nós queremos que o modelo da Copa se torne permanente”. Para isso Dilma promete apresentar uma Emenda Constitucional propondo integrar as forças de segurança, incluindo o exército, em CICCs em todas as capitais brasileiras. Aí está uma promessa de que não se pode duvidar.

Em São Paulo, a Secretaria de Segurança já começou a ampliar o número de câmeras nas ruas, integrando os dispositivos da Polícia Militar e do setor privado. Alckmin sempre teve vocação para Big Brother. Agora, conta com a colaboração da Big Sister Dilma. Aumenta a Big Family da vigilância e repressão arbitrárias.

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