São vários guias de eleitores circulando. Da grande
imprensa, dos órgãos públicos, das campanhas eleitorais. Aqui vai mais um. Modesto,
mas sincero.
Etimologia - Estudo da origem e formação das
palavras de determinada língua.
Candidato - vem do latim “candidatus”, que quer
dizer vestido de branco (candidus). Na Antiga Roma, quem quisesse ocupar um
cargo público, tinha que ter uma vida sem manchas, desonras, crimes. Claro que,
antigamente ou hoje, tudo isso não passa de simbologia. Fazer política numa
sociedade de classes com ingenuidade ou pureza é pedir para ser jantado.
Urna – também vem do latim. Era um grande jarro de
cerâmica. Podia ser usado para transportar água, mas também guardar cinzas ou
restos de mortos. Por isso, até hoje temos as urnas funerárias para corpos
cremados. Nas eleições, é nela que enterramos nossas esperanças de vez.
Voto – a
palavra latina “votum” implica um pedido feito a poderes divinos em troca de
uma retribuição. Por exemplo, a cura de uma doença, a conquista de um
benefício. Também pode ser um compromisso sagrado, como o voto de castidade, de
silêncio ou de pobreza. Nas atuais eleições, pedimos pouco, recebemos nada e
compromissos não existem. Muito menos os sagrados.
Eleição - do Latim “electione”, é derivado de “legere”,
que quer dizer colher. Quem faz a colheita, também é obrigado a separar o joio
do trigo, os frutos das pragas. Portanto, colhemos aquilo que plantamos. Nas
democracias modernas, a maioria planta, cuida, mas só colhe os restos. E na
hora de votar, ainda semeamos as tempestades que destruirão nossas lavouras.
Muito didático e interessante.
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