Longe do calor de Cancún, o continente europeu vem batendo os queixos de frio. Também vem sofrendo solavancos econômicos que provocam o ranger dos dentes de milhões de trabalhadores e estudantes.
Temperaturas que chegam a 40 graus negativos. Quase 50 centímetros de neve. Estradas, aeroportos e ferrovias paralisados. Centenas de mortos. Já se fala no pior inverno europeu das últimas três décadas. Meses depois do que se considerou um dos piores verões.
Enquanto isso, em Portugal, a maior greve geral de sua história. Na Inglaterra, os estudantes protestam nas ruas diariamente. O mesmo ocorreu na França há pouco. Os irlandeses também começam a se revoltar. O alvo são medidas governamentais que reduzem salários, aumentam mensalidades escolares, inviabilizam aposentadorias, cortam direitos.
É a crise que continua a abalar a Zona do Euro. Em nome do combate a ela, a maioria da população é punida. Os verdadeiros responsáveis pela crise nada sofrem e ainda recebem ajuda. Desde 2008, na Grécia, ondas de lutas se sucedem. Muito antes disso, ondas de frio e calor abalam o planeta.
As tragédias climáticas e os desastres sociais são produto do mesmo sistema. O capitalismo atinge novos e piores níveis de desequilíbrio em sua busca cega por lucros. Invade cada canto do planeta. Afeta leis naturais. Ameaça a vida em suas várias formas.
A Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP-16) está em andamento no México. Reúne representantes dos principais responsáveis pelo colapso ambiental que vivemos. Únicos causadores das crises sociais. Por isso, não vão chegar a qualquer acordo que interesse à maioria da população mundial.
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Nos países europeus vemos a população lutando. Enquanto que no Brasil a cada arrocho novo que sofremos ficamos esperando aquela reportagem do Fantástico na qual um economista dará dicas de economia doméstica.
ResponderExcluir"Que república!", como diria Hélio Fernandez
Obrigado pelo comentário, Juliano. Mas, não nos esqueçamos de que o povo europeu está em plena crise econômica. Aqui, vivemos crescimento econômico ilusório. Enquanto a ilusão não se esgotar, teremos muitas dificuldades para mobilizar a população.
ResponderExcluirAbraço