Segundo o texto, o parlamento grego aprovou pacote de medidas de arrocho proposto pelo governo do país. Por exigência de UE, FMI e BCE, anulam-se todos os acordos coletivos que garantem salários mínimos no setor privado. Está previsto ainda um corte de 100 mil postos de trabalho no funcionalismo público, entre outras medidas.
A outra manchete foi reproduzida pelo site esquerda.net, em 19/10. Ela diz “Gregos ricos tiraram 200 bilhões de euros do país”. É o que afirmou Markus Kroll, do instituto financeiro alemão Roland Berger, ao jornal Bild.
É por isso que uma greve geral reuniu 150 mil pessoas nas ruas de Atenas no dia 20/10. Entre os manifestantes estava Leonidas Papadopoulos, médico que faz especialização em oftalmologia e é membro do movimento “Não Pagamos”. Ele explicou ao repórter da Carta Maior:
Nosso movimento defende o que vários comentaristas mal-intencionados na TV dizem: ou tudo ou nada, ou nós ou eles. É por isso que o sistema está com medo do nosso movimento. Começamos na luta contra o pagamento de pedágios onerosos e injustos e isso se espalhou em outros setores. Já há hoje um senso comum de que o cidadão não deveria pagar por serviços e bens públicos, como o uso das estradas, hospitais, a água, eletricidade etc. Tudo isso deveria ser livre e gratuito, pois é o povo que produz ou sustenta com seus impostos esses bens e serviços, e ele deveria desfrutar deles livremente. No entanto, tudo isso é uma mercadoria para alguns apoiadores do sistema, que querem acumular mais-valia.É, dr. Papadoulos não tem papas na língua. E deve ter deixado os neoliberais de cabelo em pé. Serviços públicos totalmente gratuitos? Um absurdo, diriam eles. Molezas desse tipo só para banqueiros e outros patrões, sabemos nós. Os peões que fiquem duros e jogados na rua.
É ou não é pra ficar muito puto!
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