A revolta pode ser facilmente entendida. “Dois anos de austeridade não reduzem dívida grega” , diz reportagem de Jamil Chade, publicada em O Estado de S. Paulo, em 11/02. O texto diz que a dívida grega subiu de 138%, em 2010, para 159% do PIB no terceiro trimestre de 2011.
Por outro lado, a grande maioria dos gregos estão amargando:
...20% de desemprego, um terço da população já abaixo do nível da pobreza, uma contração da economia que chegará ao fim deste ano a 16% e, ao contrário do que se esperava, uma elevação da proporção da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).O pacote aprovado só deve agravar essa situação. É por isso que, por algumas horas, houve violento confronto entre manifestantes e a polícia em Atenas. Mas a situação está tão grave que até os policiais andam enfurecidos.
O sindicato dos policiais da Grécia está defendendo a prisão dos auditores da União Europeia, FMI e Banco Central Europeu. Acusam as entidades de “terem destruído a coesão social da Grécia por meio das duras medidas de austeridade fiscal exigidas em troca do socorro financeiro ao país”, segundo notícia de O Estado de S. Paulo, de 11/02.
A prisão até faria sentido. Mas deveria incluir os governantes de plantão. Já são quatro anos de recessão. Mesmo assim, o pacote aprovado inclui redução de salários e aposentadorias, dispensa de 15 mil funcionários públicos e regras mais flexíveis para demissões.
É ou não é pra ficar ainda mais puto!
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