John
Riddell é um historiador canadense socialista e editor de uma série
de livros sobre a Internacional Comunista na época de Lênin.
É
dele o interessante artigo “Party democracy in Lenin’s Comintern – and now”
(“Democracia partidária na Internacional Comunista de Lênin - e
agora”), ainda sem tradução.
O
texto descreve “como os partidos comunistas lidavam com questões
de disciplina interna e democracia no tempo de Lênin”. A título
de introdução ao tema, um trecho:
Os partidos nos países
imperialistas tinham dezenas ou centenas de milhares de membros. Eles
também tinham uma ampla periferia de simpatizantes, muitos dos quais
trabalharam com membros do partido em questões específicas, como
ajuda à Rússia soviética, emancipação das mulheres ou oposição
ao colonialismo. O partido funcionou em estreito contato com uma
ampla camada de trabalhadores revolucionários. O partido e sua
periferia exerceram influência em toda a classe trabalhadora.
Os partidos comunistas do tempo
de Lênin incluíam um amplo espectro de tradições socialistas
revolucionárias. Os membros do partido tinham diversas origens,
provenientes de organizações socialdemocratas, sindicalistas ou
revolucionárias-nacionalistas.
Os debates internos da
Internacional se concentraram em questões de tática e estratégia e
seu significado político para a ampla massa de trabalhadores, sobre
as quais suas ações tinham um grande impacto. Os debates em seus
partidos, em geral, refletiam a diferenciação social e opiniões
contrastantes dentro da classe trabalhadora como um todo.
Ao
contrário do que grande parte da esquerda pensa, ainda há muito o
que aprender com as experiências partidárias dos tempos de Lênin.
Desde que, é claro, não se tente simplesmente imitá-las ou
reproduzi-las.
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