Referindo-se aos atuais agrupamentos marxistas, ele afirma:
Normalmente, cada grupo é limitado a
uma única vertente da tradição marxista. Eles tendem a se fragmentar ao longo
do tempo. Aumentam em número, enquanto se envolvem em uma guerra de cada um
contra todos. As ligações com a classe trabalhadora não são fortes. As divisões
geralmente decorrem da sua dinâmica interna e não dos desafios da luta de
classe. A democracia interna é muitas vezes menos desenvolvida do que no início
do Internacional Comunista.
As diferenças programáticas entre
tais agrupamentos não são claras. Cada corrente é definida principalmente por
sua cultura e tradições políticas. Essa fidelidade dá a eles um perfil rígido,
dificultando que aprendam com as mudanças nas lutas, corrijam seus rumos e
unam-se a outras correntes.
Mostram pouca capacidade de resolver
as diferenças através da experiência. As lideranças muitas vezes ficam
distantes do controle das bases e tendem a ser perpetuar (...). A disciplina
visa menos à unidade contra o inimigo da classe e mais a manutenção dos membros
alinhados ao que deve ser dito e feito. O sucesso é definido não tanto pelas
vitórias da classe como pela capacidade de crescimento do grupo, acúmulo de
recursos e recrutamento dos melhores entre seus concorrentes marxistas.
Para superar esses problemas, diz
Riddell, não adianta tratar a experiência da Internacional Comunista de Lênin
“como uma cartilha”. Mas sua história “deveria servir para estimular nossa
imaginação”.
Realmente, imaginação é importante. Mas
é só uma das coisas que anda nos faltando, há muitos anos.
Leia também: A
Internacional Comunista na época de Lênin (2)
Serginho, forçou na foto de ilustração desta pílula, hem.
ResponderExcluirRá! Apelei estilo Notícias Populares!!
ExcluirBeijo
Pensei justamente nisso.rsss. Bjs
ExcluirNa veia, Sergio! Universal e... tristemente local. Falta consciência (e solidariedade, consequentemente) de classe - que falta que faz... Falta lastro e sentido histórico e compreensão dialética, mas sobra 'contradição' vazia (abundam as categorias de luta esvaziadas da história). Falta o horizonte da emancipação humana e abunda a luta política 'em si' mesma. A imagem, a meu ver, retrata bem rsrs Parece até assembleia docente universitária rsrs Forte abraço
ResponderExcluirInfelizmente, Alexandre. Até acho que as divergências são inevitáveis. O problema é o nível delas e a distância da realidade das classes exploradas e oprimidas e suas lutas.
ExcluirEsqueci de procurar uma imagem de assembleia estudantil, mas uma briga de torcida é menos cruenta (rs).
Obrigado e um abraço!
Poderia também citar, ao menos alguma avaliação daqueles (marxistas) que ABORRECIDOS com as disputas internas vão se organizar nas autos-eu organizações e pouco ou nada contribui com a luta coletiva, muito menos seu processo de organização, isso quando não servem a outra classe se é que é possível alguma contribuição por fora das organizações classistas.
ResponderExcluirO problema, Rodrigo, é que entendo que os marxistas, principalmente os que se identificam com Lênin e Trotsky, devem sempre procurar em si mesmos e em sua militância os motivos pelos quais outros se afastaram. Afinal, se eles caíram na passividade diante do inimigo, a responsabilidade maior é nossa, não do inimigo.
ExcluirAbraço