Mas é importante
atentar para o papel de outras instituições e setores do Estado na defesa dos
interesses das classes dominantes. E neste aspecto, tudo indica que as Forças
Armadas estão longe de desempenhar a mesma função que cumpriu nos períodos
anterior e posterior ao golpe de 1964.
É mais ou menos sobre esse
tema que falam algumas pílulas antigas.
É o caso da perigosa
convergência de interesses entre militares, judiciário e os economistas do
governo golpista, tema de No
meio da confusão, o jogo a ser jogado é nas ruas, de maio de 2017.
Em relação aos apelos
para que haja uma intervenção militar “constitucional”, Artigo
142: intervenção militar garantida, de dezembro de 2016, e Precisamos
falar da República de Weimar, de outubro de 2016. Por fim, a mais
antiga. Uma pílula de setembro de 2013: O
poderoso partido dos quartéis.
As pílulas acima
procuram demonstrar que as expectativas do general Mourão já vêm sendo
atendidas há muito tempo. Aliás, a recente ocupação militar da Rocinha foi só mais
uma das muitas ocorridas nas últimas décadas a demonstrar isso.
Por
outro lado, sabemos que quando se trata da defesa dos interesses das nossas classes
dominantes, nada pode estar tão ruim que não possa piorar.
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