Em “A desordem financeira global e a ameaça da fome”, publicado em Carta Maior, somos informados sobre a possibilidade de mais uma rodada de crise alimentar no mundo. Os preços de alimentos subiram até 10% no último ano no Reino Unido e na Europa. Segundo a ONU, já há 75 milhões de pessoas mal nutridas em função desses aumentos. A mesma fonte diz que esses preços poderão subir 40% na próxima década.
O orçamento do governo norte-americano registrou déficit de US$ 222 bilhões em fevereiro, de acordo com comunicado do Tesouro dos Estados Unidos, divulgado em 10/03. Resultado muito pior do que os US$ 196 bilhões esperados pelo mercado. O país gasta 104 bilhões anuais para matar e oprimir os povos do Iraque e do Afeganistão.
Mas, todo este dinheiro ainda é pouco perto do socorro de 700 bilhões dado pelo governo americano aos bancos em 2008. Ao que parece, grande parte destes recursos foram utilizados para especular com alimentos. E está ameaçando disparar nova crise no setor mais vital para a vida humana.
E tem gente que ainda acha que a saída para o capitalismo é regular a riqueza. Mas, se regular de um lado, escapa para o outro. O fluxo especulativo saiu de um lado e ataca no outro. É como enxugar gelo no Saara. Outra torneira que não fecha são as guerras. Elas são a praga dos povos desde que o capitalismo dominou o planeta.
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