As lutas dos povos árabes estão nas manchetes dos jornais. Mas, são mostradas como reações de povos afundados no passado. Vítimas de sua própria ignorância e fanatismo, estariam reagindo para entrar na modernidade capitalista.
Nada disso é verdade. O que revolta os povos árabes não é apenas a falta de liberdade. Sua luta é contra ditaduras instaladas pelos modernos poderes ocidentais. São baixos salários, desemprego elevado, injustiça social. Problemas causados pelo pesado investimento imperialista na região. Tudo muito atual e moderno.
É verdade que os povos árabes sofrem com desgraças muito próprias. É alto o nível de repressão e opressão. Mas, isso não é exclusividade daquela parte do planeta.
O fanatismo religioso elegeu duas vezes George Bush nos Estados Unidos. O ódio aos estrangeiros se espalha pela Europa. O fascismo tenta renascer nos países germânicos e na Itália. Tudo muito capitalista.
Foi o Ocidente que transformou o mundo árabe em um barril de pólvora. Foi sua ganância pelo petróleo e gás da região. Para controlar estes recursos, vive a acender o pavio dos conflitos religiosos, étnicos e históricos. E onde eles não existem, o imperialismo provoca seu surgimento.
Os maiores problemas do mundo árabe são de origem recente e capitalista. Precisam de uma saída à altura: a revolução dos explorados contra ditadores e governantes submissos ao imperialismo.
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