Mas
o texto publicado na Folha, em 25/10, também avisa: "empresas estrangeiras
compram as brasileiras em baciadas”. E cita dezenas de aquisições feitas nos últimos
seis meses. É o caso da compra da Amil pela americana UnitedHealth, do Rapidão
Cometa pela FedEx e da Ypióca pela britânica Diageo.
Enquanto
isso, em 23/10, a revista “The Economist” publicou reportagem sobre a
desaceleração da economia dos chamados BRICS: Brasil, Rússia, China e Índia. O título
da matéria, “Broken Brics” (Brics Quebrados), é exagerado, mas cita dados nada
bons.
Nos
últimos anos, afirma a matéria, o crescimento econômico dos chamados
“emergentes” vem despencando: os 10% da China caíram para 7%, os 7% da Rússia
se tornaram 3,5% e os 5% do Brasil não chegam a 2%, hoje.
É
uma avaliação contraditória em relação ao que indica o artigo de Freire. Mas
aponta algo perigoso. Nosso parque industrial vai ficando ainda mais
internacionalizado. Os rumos de grande parte da produção do País são decididos
cada vez mais fora de suas fronteiras.
O
dinheiro chega porque a situação lá fora está pior. E, aqui, os salários baixos
garantem lucros altos. Mas a crise já começa a atingir nossa economia. Os investimentos
podem fugir com relativa facilidade. Aí, podemos aderir à última das modas pelo
mundo: a quebradeira generalizada.
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