Os
neoliberais gritam: “o envelhecimento populacional vai quebrar os sistemas de
previdência”. Trata-se de meia verdade. O volume de recursos produzidos pela
economia mundial seria suficiente para assegurar o futuro de todos, não fosse
apropriado por uma elite que não deve ultrapassar os 2% da humanidade.
Os
números da ONU indicam uma vitória da humanidade sobre a decomposição
biológica. Mas a degeneração social vem ganhando essa corrida com larga
vantagem. A grande maioria dos idosos sofre com preconceitos e apertos
econômicos.
A
ciência vem avançando na melhoria da qualidade de vida para os mais velhos. O problema
é que grande parte desses avanços está reservada aos poucos que podem pagar.
Não são apenas os tratamentos caros. Dietas equilibradas e tranquilidade também
se tornaram bens de luxo. Para a grande maioria, sobra idade e faltam conforto
e dignidade.
Ao
mesmo tempo, reportagem de Luís Bassets, publicada no El País, em 07/10, diz: “Um
mundo com mais população idosa será conservador e pouco inclinado a revoluções”.
A afirmação é mais que duvidosa. Ninguém faz revolução porque é jovem. Revoltas
acontecem empurradas por crises sociais.
Por
outro lado, revoluções não se resumem a batalhas de rua. Estas são o resultado,
não a causa dos conflitos de classe. E para alcançarem a vitória precisam da organização
e da experiência de séculos de lutas populares. Um acúmulo que está na cabeça
de milhares de militantes veteranos. Portanto, grisalhos, uni-vos!
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uma idosa que fazia os poderosos tremerem
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