Recentemente,
foi divulgado o vazamento de uma troca de mensagens eletrônicas em que supostos
integrantes do PCC manifestam sua preferência por governos do PT.
É
mais um capítulo da tenebrosa guerra de desinformação que tomou conta do país.
Afinal,
o PCC cresceu e se fortaleceu em São Paulo, sob governos tucanos. Dizem até que
o baixo índice de homicídios nas ruas paulistas ocorre graças às lideranças
presidiárias e não à ação da Secretaria de Segurança. Portanto, as duas siglas
que parecem formar uma coalizão bastante sólida e antiga são PCC e PSDB.
Em
09/08/2019, o Portal Ponte publicou entrevista com Camila Nunes Dias.
Socióloga, ela é uma das principais pesquisadoras sobre PCC no Brasil.
Em
um trecho, Camila explica porque a facção paulista continua forte, apesar das
muitas e espetaculosas operações para desestruturá-la:
Nessas décadas, a cada operação ouvimos “agora
desestruturou, quebrou as pernas do PCC”. Vemos que desestrutura parcialmente
algumas delas, mas os grupos vêm demonstrando uma capacidade muito grande de se
recompor. Infelizmente, como só se investe na repressão, tudo aquilo que
fortalece o recrutamento continua funcionando muito bem. É mais uma questão de
reorganização do crime. Pessoas para ocuparem o lugar não faltam, não faltam
motivações para isso. Não temos uma política que dê a jovens, especialmente em
situação de vulnerabilidade, outras oportunidades e possibilidades na vida,
como inserção no mercado de trabalho, por exemplo. A cada vez que se faz uma
operação, é só mais um gelo sendo enxugado.
Não
faltam motivações para a vida criminosa, diz a entrevistada. Muitas delas,
provocadas por políticas governamentais tão ou mais violentas e delinquentes.
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