Em 08/08/2019, latifundiários do
sudoeste do Pará anunciaram o “Dia do Fogo”. Dias depois, queimadas começaram a
arrasar a floresta amazônica.
Em 25/08/2025, o presidente brasileiro
recebe um ultimato: se não cessar o "desmatamento destrutivo" em uma
semana, os Estados Unidos iniciarão uma intervenção militar para destruir a infraestrutura
estratégica brasileira.
Esse último é um cenário fictício,
claro. Está num artigo publicado pelo professor de Relações Internacionais de
Harvard, Stephen M. Walt. Mais detalhes estão na reportagem publicada pelo portal
da BBC-Brasil.
O objetivo de Walt é discutir a
seguinte questão:
Os países têm direito - ou até
obrigação - de intervir numa nação estrangeira para impedi-la de causar dano
irreversível e potencialmente catastrófico ao meio ambiente?
Ele mesmo admite que se isso fosse
possível, o Brasil nem seria candidato a sofrer a primeira intervenção. Estados
Unidos e China, por exemplo, emitem muito mais gases poluentes que nós.
Além disso, diz Walt, não somos uma
grande potência. Não seria necessário poder militar “para destruir a infraestrutura
estratégica brasileira”. Bastariam sanções econômicas.
No mundo real, o presidente francês já
deu alguns avisos. Como a França não é conhecida por seu grande poderio bélico,
mais provável que Macron proponha retaliações econômicas contra nós.
Trump ainda não se pronunciou. Até
porque queimar florestas não preocupa quem não acredita em aquecimento global.
E nada disso deve estar aborrecendo
muito Bolsonaro. É mais uma crise a alimentar seu modo de governar.
O grande empresariado é que deveria
estar preocupado com a possível perda de mercado internacional. Talvez sim,
talvez não. Afinal, não são eles que sofrerão com mais desemprego e pobreza.
Leia também:
Cenário confuso e terrível. Expressou bem a perplexidade das possibilidades.
ResponderExcluirDistopia na veia!
ExcluirAbraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir