Trata-se de transformar São Paulo num centro financeiro internacional, como Nova York e Londres. Seus defensores prevêem um enorme crescimento das atividades bancárias, do mercado de ações e derivativos. Não esperem o mesmo quanto a empregos. A crise que começou em 2008 atingiu Londres e Nova York em cheio exatamente por sua condição de cassinos financeiros. Se já não havia muitas oportunidades de empregos nesses lugares, a coisa só piorou.
O agravante aqui é a enorme desigualdade social do País. São Paulo já concentra grande parte da riqueza nacional. O projeto Ômega só vai piorar essa situação.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, é a favor. Mas fala em nome de todo o governo. Isso ficou bem claro na reunião do G20 no Canadá, semana passada. A representação brasileira foi contra a criação de uma taxa sobre fluxos de capitais internacionais. O pior foi a justificativa. Guido Mantega, ministro da Fazenda, disse que no Brasil “os bancos não criaram os problemas que criaram em outros países”.
Os bancos aqui instalados estão entre os que mais faturam no mundo. E lucram negociando papéis de uma dívida pública que paga os maiores juros do planeta. Isso só não cria problemas para a classe social a que Mantega anda servindo.
Quando até alguns ideólogos do capital desconfiam do cassino bancário, o governo Lula faz exatamente o contrário. Apóia a criação de uma ilha de especulação num mar de injustiça social.
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