Nos últimos 20 dias, voltaram a aparecer sinais de que a crise econômica iniciada em 2008 está longe de ter acabado. O primeiro deles refere-se ao déficit orçamentário dos Estados Unidos. O setor público deve cerca de 1 trilhão e 300 bilhões de dólares. Algo equivalente a 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Os especialistas consideram seguro um endividamento público em torno de 3% do PIB. Se fosse outro país, já teria sido considerado falido há muito tempo. Mas, a sede do império do Capital deve, não nega e nós pagamos.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Trabalho americano informou um aumento de 12 mil no número de pedidos de seguro-desemprego. O “mercado” esperava queda. Com isso, já são meio milhão de pedidos desde o início da crise.
Os dados são preocupantes. Por um lado, os cofres públicos americanos já não terão como ajudar tão generosamente seus bancos no caso de nova quebradeira. Algo que não pode ser descartado. Toda a conversa sobre regulamentação e moralização do mercado financeiro foi esquecida.
Por outro lado, o desemprego em alta retira consumidores do maior mercado do mundo. Uma nova etapa da crise encontraria dificuldades bem maiores para ser superada. Haveria ainda mais desemprego e menos consumo. Toda a economia mundial seria afetada. Incluindo a chinesa, de quem todos esperam a salvação do capitalismo.
Por falar em China, sua economia continua a desacelerar. Os especialistas dizem que isso é bom. O ritmo anterior seria “suicida”, afirmam. Mas a notícia fez desabar as bolsas no mundo todo. Quem está com a razão? Ninguém sabe. Até porque capitalismo e razão são termos incompatíveis.
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