Começaram os debates eleitorais. Ao vivo e em cores, as três candidaturas privilegiadas pela grande mídia disputam o direito de continuar 16 anos de neoliberalismo.
Neste período, o modelo econômico pouco mudou. A realidade social mudou muito menos do que querem nos fazer crer. Mudanças mesmo, só no nível político.
Agora, todo mundo morre de medo de assustar o “mercado”. Ninguém quebra contratos. O superávit primário é sagrado. O pagamento da indecente dívida pública, também. E “invasão de terras é crime”, gritam os três em coro.
Dilma, Serra e Marina até trocam acusações e disparam farpas uns contra os outros. Fazem pose de adversários radicais. Mas, o clima é de reunião de condomínio. Tem muita briga e confusão, mas ninguém está a fim de derrubar o prédio.
Todos querem ficar no lugar do síndico que está saindo. Lula é um dos melhores administradores que a burguesia arranjou para seu patrimônio. Ele que já foi morador dos andares de baixo, continua amigão de seus antigos vizinhos. Mas, guarda todo seu zelo e carinho para os bacanas que moram na cobertura.
O problema é que o prédio está condenado. Se o Brasil tivesse 100 andares, 98 seriam formados por espeluncas escuras, inseguras e mal conservadas. O 99º andar abrigaria apartamentos modestos. Já, na cobertura, muito luxo, diversão, banquetes e saída exclusiva pelo heliponto.
Todo esse luxo bancado pela exploração do trabalho da maioria dos condôminos. Ainda bem que a candidatura Plínio Sampaio, do PSOL, vem fazendo algum barulho na grande mídia. Dizendo em alto e bom som que o prédio “balança, mas não cai” tem que ser desmontado urgentemente.
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