“Dar um pouquinho de dinheiro para os excluídos não desmonta a economia, como alguns disseram”.
Difícil ser mais claro quanto ao caráter do tão falado aumento da distribuição de renda verificado sob o governo petista. As migalhas para o povo só ficaram mais graúdas. Faz diferença? Faz, e muita. O problema é que não faz diferença alguma para os ricos.
É esta a economia que Lula não quer desmontar. Trata-se de um modelo baseado em enorme concentração não apenas de renda, mas dos meios que a geram. Apenas um em cada 20 brasileiros é dono de alguma propriedade geradora de riqueza: empresa, imóvel, fazenda, banco. Tudo nas mãos de apenas 6% da população.
Assim, a pequena distribuição de renda que vem acontecendo nos últimos anos é produto de uma repartição entre os que vivem de salários, principalmente. Já aqueles que vivem da exploração do trabalho alheio continuam em paz.
Esta é a engenharia política do governo Lula. Uma forma de governar genial, mas a serviço da manutenção da desigualdade e da injustiça social.
O banquete dos ricos continuará farto quanto mais migalhas caírem de sua mesa. Esta é a competência que Lula vem mostrando a uma burguesia cada vez mais satisfeita com ele. Esta é a realidade que muitos setores do movimento social não querem enxergar.
Os dados acima são recentes e de órgãos do próprio governo. Sobre concentração de riqueza, clique. Sobre distribuição de renda, aqui.
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