Acreditem, nos Estados Unidos tem gente chegando de carrão para tomar sopa em programas de refeições gratuitas. É o que diz matéria da revista alemã Der Spiegel, assinada por Thomas Schulz. O título da reportagem diz tudo: “A erosão da classe média americana”.
Trata-se de conseqüências da crise de 2008 que continuam a se manifestar. Alguns exemplos citados por Schculz:
Ventura é uma pequena cidade da costa do Pacífico, cuja população é formada em sua maioria por pessoas de classe média alta. Hoje, cerca de 20% delas corre o risco de virar sem-teto. Várias perderam suas casas de luxo e estão morando em seus automóveis caros e modernos.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos não baixa dos 9,5%. Mas dizem que esse número corrigido sobe para mais de 17%. O Departamento de Agricultura afirma que 1 entre cada 8 adultos americanos e 1 entre 4 crianças atualmente sobrevive de cupons de alimento do governo.
Antes da crise a situação já era ruim. Em 1978, a renda per capita média anual nos Estados Unidos era de US$ 45.879. Em 2007, era de US$ 45.113.
Ainda segundo a matéria de Schulz, em 1950, um presidente de empresa ganhava 30 vezes mais que um trabalhador comum. Hoje ele ganha 300 vezes mais. Atualmente, apenas 1% dos americanos é dono de 37% do total da riqueza nacional.
A dívida dos consumidores americanos totalizam cerca de US$ 13,5 trilhões. Quase 100% do PIB do país mais rico do mundo.
A crise iniciada em 2008 parece bastante longe de ter se encerrado e dispara sinais de que novos e piores momentos estão por vir.
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O Haiti não é aqui...
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