Em julho de 2001, aconteceu o que ficou conhecido como massacre de Gênova. Cerca de 300 mil foram às ruas da cidade para protestar contra uma reunião do G8. Os governos das oito maiores economias do mundo debatiam como aprofundar as medidas neoliberais. As mesmas que levariam a Europa ao buraco financeiro em que está hoje.
A multidão desafiava o enorme aparato de segurança que protegia os poderosos do mundo. A resposta foi rápida. A polícia matou o jovem Carlo Giuliani. Num quartel, mais de 250 pessoas foram torturadas durante três dias e três noites. Até hoje, os responsáveis pelo massacre estão sem punição. Alguns foram até promovidos.
Desde essa tragédia a situação política só vem piorando em quase todas as principais economias mundiais. Há governos de extrema direita, como o italiano. Há os que se dizem “socialistas”, como os da Espanha e Grécia. Obama, Lula, Dilma, Cristina são “progressistas”. O fato é que todos têm algo em comum. A obediência ao que dita o mercado. A fidelidade à especulação capitalista. Na economia, ninguém mexe, dizem todos.
Daí, a enorme desilusão política entre os povos no mundo todo. Mas, há políticas e políticas. A política institucional está em avançado estado de podridão. A política que mais interessa aos explorados é feita nas ruas e locais de trabalho. Em greves, ocupações, assembléias, acampamentos. É quando a indignação se organiza e dá sua resposta. De baixo pra cima.
Mais do que nunca, é importante lembrar o massacre de Gênova. É assim que as instituições “democráticas” respondem aos que desafiam a ditadura econômica dos capitalistas.
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