O capitalismo nasceu na Europa: a competição econômica acima de tudo. Também foi lá que nasceram valores revolucionários: liberdade, igualdade e fraternidade.
Desde então, a competição vem trombando com os valores. Por duas vezes, o choque virou tragédias de proporções cósmicas. Foram as duas guerras mundiais.
Depois dessas carnificinas, parecia que o preço estava pago. A era de prosperidade vinha para ficar. Amargo engano. A mesma força que produziu massacres em escalas industriais continua em ação.
No site da Carta Maior, o aviso: “15 milhões de pessoas correm risco de fome na Europa”. A matéria diz que a Comissão Européia cortou 80% da ajuda alimentar para os pobres. Enquanto isso, 43 milhões de pessoas “não podem pagar uma refeição adequada a cada dois dias”.
Matéria da Folha de 25/06 diz que “os líderes da União Européia decidiram reintroduzir o controle de passaportes nas fronteiras de 25 países do continente”. A medida foi adotada diante da “onda de imigração que ocorre desde o início do ano, após as revoltas em países do norte da África”.
O fato é que os governos europeus cedem à pressão da extrema direita. Rendem-se à idéia de que os imigrantes são a principal causa dos problemas sociais. O islamismo faz o papel de boneco de Judas.
Igualdade, liberdade e fraternidade reduzidas definitivamente a palavras vazias. Vencidas pela competição capitalista que afunda as economias do velho continente.
O fantasma do fascismo ronda a Europa. Esperemos que outra assombração volte a assustar os poderosos. Aquela de que falaram Marx e Engels em 1848: o espectro do comunismo.
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