Há um grande e desafiador enigma no horizonte histórico
da humanidade. É o papel da gigantesca potência em que se transformou a China.
Algumas informações de uma entrevista concedida por José Eustáquio Alves ao IHU-Online ajudam a entender o tamanho da encrenca.
Segundo o professor da Escola Nacional de Ciências
Estatísticas do IBGE, a China é “o país que apresentou as maiores taxas de
crescimento econômico, pelo maior período de tempo, na história mundial”.
O país cresceu cerca de 10% anuais durante 35 anos desde
o final da década de 70. No último período, o ritmo diminuiu, mas ainda é quase
três vezes superior ao dos Estados Unidos.
Alves diz ainda que os chineses estão prestes a assumir a
liderança da 4ª Revolução Industrial. Isso depois de, em 40 anos, terem
implantado as outras três revoluções que o Ocidente levou 250 anos para fazer.
Por outro lado, seria, no mínimo, precipitado considerar
o caso chinês uma alternativa positiva ao atual sistema econômico mundial. As
poderosas forças produtivas que alavancam seu espantoso crescimento reforçam as
piores tendências e contradições do capitalismo.
Em especial, os novos e imensos impactos ecológicos que ameaçam a vida da grande maioria da humanidade. O país
tem investido muito em energias renováveis, afirma o entrevistado. Mas mantém
atividades que “elevam as emissões de CO2 de forma insustentável”.
Por isso, Alves alerta: um dos cenários para a aposta
chinesa pode ser um colapso ambiental capaz de “tragar o Ocidente e o Oriente,
resolvendo, pela via da aniquilação total, os conflitos Leste versus Oeste e
Norte versus Sul”.
Grande, desafiador, assustador!
Leia também:
Sobre a China
Boa noite, Sérgio! É assustador!
ResponderExcluirRealmente!
ExcluirAbração