Narendra
Modi acaba de ser reeleito premiê da Índia. Seu partido é o Bharatiya Janata
(BJP), que tem entre seus principais objetivos o de transformar a Índia em uma
teocracia hindu.
Para
alcançar esse objetivo, as lideranças do BJP não hesitam em promover
perseguições à imensa população de muçulmanos do país. O desprezo às mulheres
também é outra característica dos membros do partido.
Amit
Shah é presidente do BJP. Em recente reportagem, a Folha cita suas
palavras sobre como a organização utiliza as redes virtuais na disputa
eleitoral:
O primeiro passo é coletar dados de todos os programas
de ajuda do governo no nível estadual e distrital. O segundo passo é comparar
os dados com os do governo anterior. O terceiro passo é criar conteúdo que
tenha apelo para esses eleitores.
Em
Déli, por exemplo, o BJP acessou endereços de 500 mil beneficiários de um
programa de qualificação de jovens. Seus membros visitaram as casas deles,
pediram votos e os incluíram em grupos de mensagens por WhatsApp.
O
partido também está solicitando acesso aos dados dos beneficiários dos
programas governamentais de gás e eletricidade. A legislação do país permite
que qualquer legenda possa fazer isso. Mas, até agora, só o BJP tomou a
iniciativa.
A
esquerda tem muito a aprender com essa experiência, desde que orientada por
valores libertários e socialistas. O que inclui o repúdio à utilização de
mentiras, calúnias, linchamentos e ataques à privacidade.
Este
é mais um exemplo que mostra como, na era das tecnologias ultramodernas, são os
conservadores mais arcaicos que vêm sabendo responder àquela famosa pergunta de
Lênin.
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